A história da informática na educação nasceu no início dos anos 70
partindo-se de experiências em universidades no Brasil, já nos anos 80.
Ela foi estabelecida através de atividades, apesar do forte apelo da
mídia e das qualidades inerentes aos computadores, sendo que ela está
muito além do que se desejava e do que se planejava.
A ideia de informática na educação não está tão presente no dia a
dia, pelo fato de que ainda amedronta alguns docentes. Ela não está
consolidada no sistema educacional como algo que priorizará o discente e
sim é vista como problema, por falta de vontade dos dirigentes e
também como a falta de verba No início do ano de 1997 o Governo Federal
criou condições para a disseminação da informática na educação.
Com o programa Brasileiro de informática na educação foi proposto como o
papel do computador de prover a alfabetização em informática como nos
EUA, ou desenvolver a capacidade lógica e preparar o discente para
trabalhar em empresas, como o programa na França. "Essa peculiaridade do
projeto brasileiro aliado aos avanços tecnológicos e a ampliação da
gama de possibilidades pedagógicas que os novos computadores e os
diferentes softwares disponíveis oferecem, demandam uma nova abordagem
para os cursos de formação de professores e novas políticas para os
projetos na área”.
No decorrer do artigo é falado de como era
a Informática na educação nos EUA e na França, contando as formas que
eram usadas a informática para o mesmo. Afirmando-se que o Programa
Brasileiro da Informática na Educação foi um pouco influenciado pelos
países anteriormente citados, o artigo comenta que mesmo nos países como
França e EUA, onde havia uma boa disseminação da informática na
educação era impossível encontrar práticas realmente transformadora e
suficientemente enraizadas, onde pudesse dizer que houve transformação
efetiva
do processo educacional como por exemplo, uma transformação que
enfatiza a criação de ambientes de aprendizagem, nos quais o discente
constrói o seu conhecimento, ao invés do docente transmitir informação
ao aluno.
Nos EUA que era completamente descentralizado e
independente das decisões governamentais o uso do computador no âmbito
escolar era pressionado pelas tecnologias e pelo mercado de softwares
para informática na educação. Até foi criado o CAI (Instrução auxiliada
por computador), produzidas por IBM, RCA e Digital, com utilização em
universidades. O CAI deve como dificuldade de disseminação a ordem
técnica (armazenar e distribuir a instrução) e de produção do material
instrucional (tutoriais). Sendo o CAI fundamental para fomentar a
discussão de questões mais profundas de ordem pedagógicas. O
aparecimento de microcomputadores em 1980 foi vista como motivação para a
produção e diversificação de CAIs (exercício, prática, avaliação do
aprendizado, jogos educacionais, entre outros). Após isso aparece o Logo
que era uma linguagem onde se constatou que o papel do docente no
ambiente Logo era fundamental e que o preparo do docente não era
trivial e não acontecendo do dia para noite.
Na questão da
Informática na Educação, a França foi o primeiro país ocidental que
programou-se como nação para enfrentar e vencer o desafio da informática
na educação e servir de modelo para o mundo. No caso da informática na
educação a batalha se deu tanto na produção do hardware e do software
quanto na formação das novas gerações para o domínio e produção de tal
tecnologia, a implantação foi planejada em termos de público alvo,
materiais, software, meios de distribuição, instalação e manutenção do
equipamento nas escolas, sendo assim os dirigentes franceses julgaram
ser fundamental a preparação, antes de tudo, sua inteligência-docente.
Nos anos 60 e início dos anos 70 os software empregados em educação se
caracterizaram como EAO (Enseignement Assisté par Ordinateur), o que
equivale ao CAI desenvolvido nos anos 60 nos EUA, inspirados no ensino
programado com base na teoria comportamentalista e no condicionamento
instrumental (estímulo-resposta). Somente no início dos anos 80 começou a
disseminar-se na França a linguagem de programação e metodologia Logo
com fins educacionais, opondo-se frontalmente às bases conceituais do
EAO. É importante notar que o programa de informática na educação da
França não tinha como objetivo uma mudança pedagógica e sim preparar o
discente para ser capaz de usar a tecnologia da informática.
Assim, usando o computador como recurso para o desenvolvimento de
tarefas, os professores orientavam a edição de jornais com processadores
de texto, a resolução de equações do 2º grau através de planilhas ou
acompanhavam o desenvolvimento de projetos experimentais registrando os
dados em um banco de dados. O Logo era empregado no desenvolvimento de
projetos para os níveis de ensino elementar e secundário.
No
Brasil a implantação do programa de informática na educação iniciou-se
com o primeiro e segundo Seminário Nacional de Informática em Educação,
realizados respectivamente na Universidade de Brasília em 1981 e na
Universidade Federal da Bahia em 1982. Esses seminários estabeleceram um
programa de atuação que originou o EDUCOM e uma sistemática de trabalho
diferente de quaisquer outros programas educacionais iniciados pelo
MEC, as decisões e as propostas nunca foram totalmente centralizadas no
MEC. Porém, a primeira grande diferença do programa brasileiro em
relação aos outros países, como França e EUA, era a questão da
descentralização das políticas. No Brasil as políticas de implantação e
desenvolvimento não são produto somente de decisões governamentais,
como na França, nem consequência direta do mercado como nos Estados
Unidos.
A segunda diferença entre o programa brasileiro e o da
França e dos Estados Unidos é a questão da fundamentação das políticas e
propostas pedagógicas da informática na educação. Desde o início do
programa, a decisão da comunidade de pesquisadores foi a de que as
políticas a serem implantadas deveriam ser sempre fundamentadas em
pesquisas pautadas em experiências concretas, usando a escola pública,
prioritariamente, o ensino médio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário